quarta-feira, 9 de novembro de 2011

OS INCAS


O território inca estendia-se ao longo da cordilheira dos Andes e incluía terras hoje pertencentes à Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Chile.

No Império Inca, constituído por algumas cidades e muitas aldeias, concentravam-se cerca de 15 milhões de pessoas que falavam a mesma língua, seguiam a mesma religião e viviam sob um governo centralizado.

O Império Inca era conduzido por um imperador considerado um semideus pelos súditos. O imperador era tido como “filho do Sol”, da mesma forma que os egípcios chamavam seus governantes de faraó. Assim como a da maioria dos povos americanos, a religião dos quíchuas ou incas estava relacionada à natureza, e entre suas divindades principais estava o Sol, para quem construíram templos em quase todas as cidades do império.

O grande impulso expansionista deu-se a partir de 1438, sob o comando do imperador Pachacuti Inca Yupanqui, transformando Cuzco (que na língua quíchua significa “umbigo”) em grande centro administrativo. A expansão territorial inca continuou até a invasão dos espanhóis, em 1531. As conquistas incas eram feitas pela imposição, com soldados e violência, e também pelo convencimento, ensinando aos chefes dos povos conquistados a história inca, seus valores, línguas, costumes e conhecimentos administrativos.

Em Cuzco estavam os suntuosos templos que abrigavam estátuas, santuários, paredes e muros de ouro, como os de Qori Kancha, onde se cultuavam o Sol, a Lua e as estrelas. Outras cidades com planejamento e arquitetura sofisticados confirmavam a grandiosidade dessa civilização: Machu Picchu, Tumipampa e Cajamarca englobavam uma população total superior a 6 milhões de habitantes.

O Império Inca era dividido em grandes territórios, sob o comando de chefes (os apos) que assessoravam o Inca (imperador). Cada território, por sua vez, subdividia-se em províncias (chamadas de wamani) sob o comando de um governador (tukuiricuk), que residia numa capital local e era responsável pelos funcionários (curacas) que cuidavam de cada aldeia.

Na base da sociedade, estava a aldeia (chamada de ayllu), com suas famílias, comandada por um (curaca), encarregado de distribuir as terras, consideradas propriedades do imperador. O curaca também organizava as atividades da comunidade e recebia os tributos devidos ao imperador que eram pagos em gêneros e em trabalho. Na aldeia, o curaca centralizava poder e riqueza, impondo aos aldeões a obrigação de trabalhos, chamada mita.

A sociedade inca obedecia a uma estrutura hierárquica rígida. Na posição mais elevada, estava o imperador, o inca, seguido por seus parentes, que formavam a aristocracia. Havia ainda muitos funcionários, que eram necessários para ajudar a manter um controle rígido em todo o império. Também fazia parte dessa elite os sacerdotes. Esses grupos representavam a minoria da população, mas concentravam o máximo de poder e riqueza. Os camponeses eram a maioria e deviam total obediência ao Estado. Os homens adultos podiam ser convocados para o exército ou para trabalhar em obras públicas, como construção de estradas, canais e templos. Algumas vezes, famílias inteiras eram convocadas para o trabalho em minas de ouro, prata, estanho e cobre. Velhos e inválidos recebiam assistência do inca.

A base de economia inca era agrária: cultivavam-se mais de 40 espécies de vegetal (destacando-se o milho e a batata) e criava-se a lhama para obter couro, carne e lã.

A religião politeísta, sob o comando de muitos sacerdotes e de algumas mulheres escolhidas, tinha no culto do Inti (Sol), considerado a raiz original da família imperial, o seu ponto central. Outras divindades eram a Lua, o trovão, a terra, o mar, as estrelas e Viracocha, o criador do universo. Segundo a crença, Viracocha era capaz de fazer brotar água das rochas. A água foi outro elemento importante para essa civilização, que soube desenvolver técnicas de irrigação fundamentais para sua sobrevivência.

Quando da chegada dos espanhóis ao Peru, o grande Império Inca vivia uma guerra civil entre dois aspirantes do ao trono, Huáscar e Atahualpa, o que fragilizou o poder e a unidade inca, facilitando a conquista européia.

A dominação espanhola sobre a América alterou violentamente o destino da civilização inca, assim como o dos demais povos pré-colombianos. Os europeus saquearam suas riquezas, dizimaram seus habitantes e destruíram suas culturas.

Algumas sugestões de sites para pesquisa:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Incas

www.suapesquisa.com/pesquisa/incas.htm

www.suapesquisa.com/incas

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